sábado, 26 de junho de 2010

Estado de Sítio? Não! Gritemos por uma Semana de Literatura Nacional.

Ma ooooooooe, pessoal! Aqui é a Blanca Aleks, amiga da equipe desse blog amadíssimo. A Thaís não pode postar hoje por problemas pessoais (leia-se provas) e também não vai poder no próximo sábado (porque vai conhecer o Mickey!!!), então cá estou, substituindo-a. Sintam-se a vontade comigo, ok? Esse post vai falar sobre a valorização da literatura nacional e como você pode ajudar nessa.

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Você caminha até a livraria, com a intenção de comprar ou apenas ver a capa do livro. Problema 1: você não sabe exatamente qual é. Você, saltita, entra na livraria.
 - Moça, onde fica a parte de infanto-juvenil?
 - Logo alí - ela aponta, para o subsolo.
 Você desce e dá de cara com muitas capas coloridas, cheias de vida, calor humano. Olha uma por uma e lê mil coisas como "Brashares", "Brown", "Young". Problema 2: no caminho, você havia decidido levar um livro brasileiro.
 E agora? As más línguas responderiam com uma certa rima que metade da população conhece muito bem, mas não é o caso aqui.
"Livro brasileiro? Quando, onde, por que? Não faz sucesso aqui, não faz lá fora = é ruim" talvez seja o que se passa na cabeça de muitas pessoas. Não é o que acontece na sua, e o seu pensamento agora é "por que, caramba, tem mais livro estrangeiro nessas prateleiras?".
  Entenda, portanto, como funciona a mente de uma editora quando...


1) Publica livros estrangeiros.
A maioria delas compra os direitos autorais de uma autora e passa a publicar seus livros. Mas calma, não é qualquer um: só os que tem boa repercussão lá fora. Se sua publicidade no país de origem já fizer efeito, maiores chances de fazer aqui também. Um slogan básico como "tem o maior fanclube literário da internet" vai fazer você, futuro leitor, querer criar ou participar de um. Mas as editoras não vão traduzindo o que dá na telha, só por ser de um escritor já famoso.  A série 1800-where-are-you, da famosa escritora norte-americana Meg Cabot, teve seu primeiro livro (When Lightning Strikes) publicado nos EUA em 2001. Por aqui, nunca foi traduzido ou teve os direitos autorais comprados. Por que? Se compararmos seu sucesso com o de A Mediadora (2000 lá, 2005 aqui), por exemplo, 1800 fica bem lá embaixo. Pagar um tradutor + um designer para as capas + marketing não traria lucro suficiente para a Record, editora responsável pela publicação de Cabot por aqui. 


2)Publica só ou também livros nacionais.
O escritor manda seus originais, a editora avalia. Legal, ela aceita publicar. Após toda a papelada, ajeitar o texto aqui e ali, vem o principal: começar um público do zero. No caso de literatura infanto-juvenil, tal caso se agrava mais, já que o número de escritores para tal estilo que já tem algo publicado é comparável com a massa de um nêutron. A fama do cara tem que ser construída, chamadas enganosas também e o risco de o projeto não vincar é grande. Mas o máximo de marketing é feito, visando fazer brilhar o autor e sua obra. Inseguranças? Basicamente essa: ela não tem estatísticas já prontas, uma vez que o suor vem todo de sua empresa.


O início do post passou por aqui.


E a sua mente, como funciona? Bem, primeiro, vamos definir o conceito de "sua":


1)Acha que livro brasileiro é tudo ruim, oh yeah!
Certamente você nunca leu nenhum livro brasileiro bom ou pensa que a literatura nacional resume-se em Machado de Assis; achismo que pode ser atribuído ao ensino da Língua Portuguesa nas escolas.


2)Tem uma leve noção da escrita brasileira e quer ler mais livros nacionais.
Auto-explicativo, não acham? Provavelmente você está cansada de traduções e quer experimentar sua própria cultura. 


Para ambos os casos, recomenda-se experimentar uma leitura nacional leve, pra já ir pegando um gostinho. Partindo para o lado pessoal, indico o livro Super, do Marcelo Carneiro da Cunha, Editora (Galera) Record.   Diferente de muita coisa que você já leu, pelo tema e estilo de escrita do autor. 
Mais alguns livros que eu e a equipe de DesCH aprovamos demais:


"Um náufrago que ri" - Rogério Menezes
Gênio do crime, Sangue Fresco, entre outros do João Carlos Marinho
"Desculpem, sou novo aqui" - Carlos Novaes
"A Marca de uma lágrima" - Pedro Bandeira
"Corda Bamba" - Lygia Bojunga
Absolutamente todos do Luís Fernando Veríssimo
Todos os do Ziraldo "para criança" (NA: esse aí é um gênio.)




Divulgue essa idéia, pessoal. Leiam mais livros brasileiros, valorize nossa cultura tão rica. Compre, pegue na biblioteca, indique os mais legais a seus amigos: o importante é não deixar essa corrente acabar.


Comentem, digam se gostaram, insiram coisas, insiquem mais livros. E não esqueçam de dizer se substituí bem a Thaís! xD


Raiz de 28561 beijos! 


Blanca Aleks.

8 comentários:

  1. OK BLANCA, CADÊ O LIVRO DA MAMÃE AÍ? U______U

    hehe -snt
    mas podia fazer um marketing básico né? risos

    enfim, além de tudo que você disse, é MUITO mais difícil encontrarmos livros brasileiros para adolescentes. livros do tipo meg cabot, sabe?

    e 1800 WHERE ARE YOU NÃO VAI LANÇAR AQUI? D: eu queria ler, caramba, e odeio ler na internet u_u
    mas vou acabar lendo né, nem em inglês tem G_G

    tá, xoxo blanca :*

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  2. Acho que a literatura infanto juvenil brasileira é rica,mas é muito pre-adolescente.Como a Jujubets disse,é muito difícil encfontrar livros para adolescentes.

    Ótimo pos Blanks linds*-*

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  3. Ah, eu queria muito ler 1800 where are you :/


    Mas enfim, eu ameeei o post, mesmo, e quero mencionar meu amor pelo Veríssimo. Divo! *-*

    Suubstituiu super bem, Bramqs, parabéns, e bem viiinda ao nosso humilde blog e -qq

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  4. Adorei esse post, estou numa fase super de valorizar a literatura nacional, li Fazendo Meu Filme 1 e 2 e sério, achei melhor que Meg Cabot. agora vou ler Estrela Pier que também dizem que é ótimo.

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  5. Obrigaaada, meninas! Joubs, mas a tia Má (RSRS) publica auto-ajuda, não é exatamente o foco aqui. Entende-me? -q

    Tou pra ler FMF, Estela. Pedi de aniversário, agora é só esperar.

    Beijos! :*

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  6. Adorei o post, Blanca, muito bem feito!
    E vc esqueceu os livros de André Vianco, poxa. Pra quem curte livros de suspense com elementos sobrenaturais, ele é uma boa pedida. Ele escreveu duas séries e, de acordo com minha amiga, a série Bento é uma das melhores q ela já leu, inclusive fez trabalho sobre ele (e o livro é do tipo bem fantástico com vampiros e tudo o mais).

    Mas não se preocupem. Daqui a dez anos eu lanço meu primeiro livro e as adolescentes vão ter mais opções decentes -Q

    Sangue Fresco é ótimo. Mas nunca seria publicado nos dias de hoje, é muito politicamente incorreto -QQQ

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  7. Acho que a literatura infanto juvenil brasileira é rica,mas é muito pre-adolescente. +1

    Digo, só conheço Monteiro Lobato DDD:
    Tem um livro chamado "Estrelas Tortas" do Walcyr Carrasco. É um dos melhores livros que já li, chorei pacas no final.

    Amei o post,Blanks!

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  8. Acho que a literatura infanto juvenil brasileira é rica,mas é muito pre-adolescente. +1

    Sério, só em livro pra garotas de 10 a 13 anos na parte infanto-fuvenil dos brasileiros que seja visível. Muito difícil achar um direcionado a um poublico mais crescido, a não ser que seja mais antigo ou apagadinho.. :/


    Mas não se preocupem. Daqui a dez anos eu lanço meu primeiro livro e as adolescentes vão ter mais opções decentes -Q [2] HUAHSUAHUSHAS

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