quarta-feira, 25 de agosto de 2010

dê uma maçã pra tia, rs

Hello, gurias! *-*

É uma linda e chuvosa (aqui na minha cidade) quarta-feira de agosto, e logo será setembro, depois outubro, depois novembro e aí FÉRIAS! *-*
O negócio é que tenho certeza que ou as meninas estão relax, tranquilas e quase que passadas ou estão totalmente desesperadas com algumas notas vermelhinhas. A dica que posso dar é pra correr atrás, porque ainda há tempo de recuperar a nota :)

Aí eu quis fazer um tipo de manual na escola. Não de como estudar, sabe, mas nas relações sociais que acontecem. Elas costumam ser relações problemáticas, chatas, suscetíveis a brigas frequentes - a convivência faz isso com as pessoas. Porém se você se der bem com as pessoas ao seu redor, pelo contrário, ir pra escola será a coisa mais legal do mundo. Só que mesmo com os alunos que tem bons amigos, há um problema...

... aquela figurinha atrás da mesa que vai te ensinar o conteúdo.



O negócio é que professor é uma profissão ingrata. Pensa aí: a pessoa fez o curso dela e, seja pelo sonho de ensinar ou pela falta de opção, tem que ensinar o conteúdo certinho, programado, em um espaço de nove meses (descontando somente três meses de férias) para um bando de alunos que, na grande maioria das vezes, preferia estar na lan house do que escutando o que ela tem pra dizer. Ainda por cima ela tem que ensinar claramente e de forma atraente, senão ninguém vai prestar atenção e ela vai sofrer vendo a cara de tédio de sua platéia. E tem que impor respeito, porque senão seus queridos amados alunos começarão a brincar de STOP, o jogo do copo e aviãozinho de papel. E se for durona demais, é capaz que aluno playboy ache um absurdo e mande papai demitir o ser enérgumeno que ousou fazer o aluno perder de ano. Porque vocês sabem que a raiva infantil/adolescente pode ser demais: em tempos que é comum professores serem ameaçados com armas dentro da sala de aula, definitivamente ser professor é uma dura profissão.

Acontece que também tem professor capeta. Tem professor que marca aluno, que ferra, que judia. Eles ajudam no bullying, propagam ignorância completa, são totalmente imbecis e não ensinam nada com nada. Enfim, professores são humanos. Assim como nem todo aluno é um anjo de bondade, nem todo professor é um mestre em didática e respeito. E nós temos que saber lidar com isso, senão quem se ferra é a gente. Porque a corda sempre arrebenta pro lado mais fraco e não sei vocês, mas eu vivo em uma escola onde não funciona esquema de pagou-passou, muito menos qualquer tipo de corrupção. E acredito que a maioria das garotas gostariam muito de conviverem com professores sem sentir uma puta vontade de furar os pneus do carro dele.



Meu professor é um fdp.

É mesmo? Tem certeza ABSOLUTA disso?

Os alunos tendem a interpretar rigorosidade com fdputismo. Mas, gente, professor TEM que ser rigoroso. Se ele não cobrar o conteúdo dado, se ele não aumentar o nível das avaliações, se ele não for criterioso na hora de dar a nota da qualitativa (em algumas escolas, é a nota do comportamento, frequência, etc), ele vai agir como um bundão e permitir que os alunos simplesmente passem sem aprender. O objetivo do professor é que você entenda o que ele está ensinando. Cada professor tem uma maneira de ensinar, e só porque a professora de história tem uma voz linda e descreve os fatos históricos com paixão, não quer dizer que aquele professor de física que explica sucintamente as fórmulas no quadro seja pior. São maneiras diferentes.

O importante é que a explicação do professor seja clara e correta. Se for isso, não importando a maneira, ele explica bem. Mesmo que você não goste dele, acha o nariz dele feio, as roupas dele cafona e o escambau, você tem que ser justa consigo mesmo: ele explica direito? Ele responde às dúvidas? Como é o método de avaliação? É um método justo? Você aprendeu alguma coisa? Não adianta nada reclamar do professor se você só fica pensando na morte da bezerra durante a aula. Se você vive nas nuvens, tamborilando na mesa, jogando xadrez mental ou pensando em como os colírios são gatos -NNNN, não tem como avaliar se o professor ensina bem. Aí ele passa uma prova, você se ferra e culpa o professor! Caramba! Aí chega na questão das provas, retomando o ponto de ser rigoroso ou não. É o seguinte, cara pálida. A prova VAI ser difícil.

Você quer mesmo uma avaliação fácil de fazer? Tem certeza que essa é a melhor maneira de aproveitar o que você sabe? Questões fechadas costumam ser injustas [por causa da cola. Quem souber colar, passa], mas elas são as mais usadas no temido ~ vestibular ~ e também são fáceis de serem corrigidas, rs, e como economizam tempo, são as mais amadas. Há quem odeie questão aberta. Gente, pensa: como o professor vai avaliar o que você sabe se ele não pedir pra você escrever?



Não sei escrever, sou péssima u_u

Aprende. Saber escrever é fundamental. Você não precisa ser uma Jane Austen ou Meg Cabot, mas precisa saber passar suas idéias com coerência (que tudo faça sentido) e com coesão (que além de fazer sentido, que esteja tudo ligado), além do bom uso da língua portuguesa, salve salve. Se você boiou na parte de coerência e coesão, é tipo assim:

Joãzinho tem um cachorro só que come manga. ← sem coerência, sem coesão.

Mas se você dizer que Joãozinho tem um cachorro da raça labrador, vai ter coerência e coesão. As pessoas vão entender a frase claramente e ainda mais, ela vai fazer sentido. Sabe aqueles textos enormes que fazemos para a aula de redação e geralmente sempre pedem que a conclusão "feche" o texto, relembrando o que a gente começou a falar? Então, tipo se você fizer um texto que no primeiro parágrafo fala de que as mulheres sofrem violência doméstica, e lá no final você fala, do nada, que... sei lá, a mulher é forte. Até tem certa coerência: você não disse uma coisa e depois disse o contrário. Mas não tem coesão: sofrer violência doméstica está ligada necessariamente à força feminina? Como exatamente você quis usar isso? ISSO é coesão: é amarrar o que você disse de tal forma que um argumento confirme outro e nada se contradiza. Garanto: se você treinar bastante com textos de opinião (blogs são uma boa, mas tem que deixar a preguiça de lado e investir na boa escrita), logo escreverá bem. Pode até não escrever bonito, mas isso não é necessário para exercícios escolares e pra toda vida. Quem deve escrever bonito são escritores de romances e coisas do gênero. Para se sair bem na vida ~ provas, relatórios, e-mails para o chefe ~ você precisa escrever bem.

Retomando o ponto dos professores fdps, carrascos e bedéis, no fundo, apenas rigorosos ~ viu, eu fugi do assunto, você não deve fazer isso em textos hehe, mas enfim... muitos professores rigorosos são mal interpretados como maus e perversos e desenhados com chifrinhos. Mas eu tenho a opinião que de cada dez professores apresentados como carrascos pelos alunos, apenas um é cruel de verdade. Por exemplo, uma lista de cem exercícios não é cruel. Uma lista de cem exercícios para amanhã é cruel. Uma prova de 20 questões, todas abertas, é foda, mas não é realmente cruel. Mas uma prova toda aberta de 20 questões sobre um assunto que ele sequer deu em aula é, além de cruel, insensato.

Mas isso não quer dizer que você não deva reclamar se o volume do trabalho for muito. Escola exige muito da gente e é melhor a gente se preparar, mas se você acha que ele está excedendo em trabalhos ou em nível de dificuldade, não se acanhe em falar com ele! Disso se trata o próximo capítulo:




Como falar com um professor!

Primeiro respire fundo. Se ele te deu uma nota injusta, se ele é perverso, se ele passou uma prova absurda que só pode resolvida por Albert Einsten, se ele pediu uma monografia completa sobre o sistema ósseo dos peixes para semana que vem, não importa: respire fundo. Se você chegar pra ele toda alterada, incomodada, quase chorando, é mais provável que ele ria da sua cara. Afinal estamos falando de professores carrascos. Uma vez, uma colega minha chorou por uns dez minutos implorando por décimos pra poder passar, e meu ex-professor fez a egípcia rs. Então a tática é respirar muito, MUITO fundo e relaxar. Você tem que aparentar maturidade, saca?

Supondo que você tenha 15 [qualquer idade vale, mas é só exemplo]. Você tem que parecer uma garota de 15 anos madura, consciente e interessada em melhorar o próprio desempenho e na paz entre os dois. Se você chegar lá chorando ou brigando por um décimo, ele vai te enxergar como uma pirralha de 15 anos que acha que sabe de alguma coisa da vida, e pode nem estar errado rs.

Respirou fundo? Está mais tranquila? Ok, agora vá até lá. Seja no fim da aula ou não, sempre fale no maior respeito possível. Não altere o tom, não brigue, não chore, não dê piti. Qualquer dessas reações vai ser pior para ambas as pessoas: vai ser constrangedor e vai criar um clima péssimo nas aulas futuras. Ele pode ser o criado mais devoto do Satã, mas isso não quer dizer que você deva faltar ao respeito. E nunca comece pedindo muito. Dizer 'eu PRECISO desse um décimo mimimi me dáaa' NÃO VAI FUNCIONAR.

O que vale é chegar e dizer, tipo, 'professor, sabe, essa questão aqui ~ aí você aponta marotamente ~ eu acertei isso, porque você não considerou? Porque assim terá um décimo a mais na nota, qtal?'. No pior dos casos, vale dizer 'saca como é, um 7 é mais fácil de calcular aí no boletim do que 6.9 hihi'. Mas se seu professor tem cara de soldado inglês sério, não tente fazer gracinha. Em caso de pedir pra remarcar uma prova ou diminuir "um pouco quase nada" do nível das provas, nunca vá falar com ele sozinha. Quer dizer, não é errado, mas ele pode pensar que ou só você tá interessada ou a sala tá com medo demais de falar com ele rs. Então sempre vá com umas pessoas a mais: colegas que tenham bom comportamento e colegas bons de lábia. Uns cinco pra falar com ele está de bom tamanho. E não fiquem se interrompendo, nem se alterem, e sim ajam todos com aquela dignidade. E argumentem: porque vocês querem remarcar a prova? E sempre tenham uma sugestão na ponta da língua. Nada de querer remarcar a prova e ficar toda 'aaaaah você podia remarcar...'. Não. Você tem que sugerir uma saída para a solução, para mostrar que não estão querendo vadiar, e sim conciliar todos os estudos e não morrer no caminho. Sugiram a data da prova ou em relação à uma avaliação injusta, sugira outro tipo. Se possível, lembre uma boa avaliação que o professor fez para servir de exemplo.

Saca o: "sabe aquela prova sobre Grécia que a gente fez? Aquela avaliação foi ótima!"
Exato.

Mas nada de ficar falando de bons méritos de outros professores. Quando um professor ouve uma sugestão estilo 'prova do outro professor', ele meio que se sente rebaixado/posto de lado e não gosta muito. Ninguém gosta de ser comparado!

Lembre-se: maturidade, elegância, respeito, cara de ser responsável. Não fique enchendo o saco dele se ele não aceitar. Não fique toda 'mas eu ACERTEI D:'! Fazer escândalo é péssimo. Não porque moças elegantes não devem ser barraqueiras, de acordo com a nossa querida misógina sociedade, mas porque barraco não leva a nada. E se você se comportar dignamente do começo ao fim, mesmo que não dê resultado, seu professor vai passar a te respeitar como uma aluna de verdade e não como alguém que foi obrigado pelos pais a estar ali.

Vale dizer que seu comportamento anterior vai interferir se o professor vai ou não atender seus desejos: se você sempre foi de conversar na aula, tem certeza que ele vai te levar a sério?



Na Diretoria :X

De nada adiantou? Ou seu professor fez algo fdputamente errado como assediar sexualmente, auxiliar no bullying contra um aluno, fazer piadas pejorativas durante a aula ou simplesmente está nem aí pra vocês? A diretoria pode ajudar.

As mesmas dicas de respeito e dignidade valem aqui, aliás, valem o dobro. É uma saída extrema, então usem com cuidado para casos realmente sérios que exigem que toda a escola [digo, diretoria + professor + alunos] seja envolvida. Narrem os fatos sem ficar dando piti e demonstrem que estão ali porque não encontraram outro jeito e que gostariam muito de uma solução para todos os lados. Como sempre, vale enviar um time pequeno de alunos que demonstrem bom comportamento e alunos bons de lábia (se ambas as qualidades forem em uma só pessoa, melhor ainda). A diretoria tem que perceber que se vários grupinhos de uma turma se reuniram para pedir ajuda ao órgão mais importante, então o caso é sério.

Lembre-se de sempre compartilhar essas histórias com seus pais/responsáveis. A diretoria pode chamar seus pais para entrar em um consenso, e seria muito bom se seus pais estão do seu lado, mas não fazem o gênero 'pago pro meu filho estudar aqui'. Nenhum diretor/a gosta desse tipo, visto como arrogantes. E nem sempre funciona. E não façam vinganças idiotas tipo furar o pneu do carro. Lembrem-se que a corda sempre arrebenta pro lado mais fraco. Se a direção da escola tem um fato contra vocês, com que credibilidade vão exigir alguma mudança em relação a algum professor?

No pior, pior, pior dos casos [assédio sexual, agressão física, etc] e a direção nada fizer e a situação persistir, sempre vale um processo. Mas isso é, tipo, a ÚLTIMA saída. Não recomendo fazer isso se ainda não tentou conversar com o professor, ou mesmo pedir ajuda pra outro professor mais simpático ou a direção. Última saída MESMO. No mais, espero que você não precise disso tudo '-'

Parto-me, senhoritas! Até a próxima semana ;**



Imagens retiradas do We♥It, Google Imagens e Depósito do Calvin.

7 comentários:

  1. Haha' Fdputismo. morri ><
    RTYASRATYSRTYARSTYRATSRATYTSR
    Sabe, as vezes meus professores me irritam horrores. São insuportáveis, arrogantes, e chatos. But, mesmo assim acho que é importantíssimo respeitá-los.
    Mas também há aqueles que abusam, eu tinha uma professora (de terceira série) que xingava os alunos tipo 'cala boca seus filhos da puta' E eu tinha nove anos lol. Aí, eu contei pra mamãe e ela - junto com outros pais - conseguiram a substituição da mesma. (:
    enfim, adorei o post! :D

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  2. E, existe a frase que os professores odeiam, acima de todas que podem ser feitas no dia da prova:
    * "Fessôra, faz um resumão?"


    "Fdputismo" hasushuahsuashs

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  3. "Fdputismo" UHSAAUHASHU' +1
    Concordo com tudo! Não é porque um professor é muuuito insuportável que você vai chegar mandando ele para todos os lugares possíveis e chamando ele de fdp -q O respeito TEM que ser usado SEMPRE! Não importa a situação ;)
    Ótimo post! Beijo :*

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  4. Fdputismo" UHSAAUHASHU' +1
    La na sala nunca teve um caso extremo de fdputismo, mas tem sempre aquele professor que não faz a mínima questão de melhorar porque é efetivo e acha que não pode ser demitido, a velha história do sou concursado, daqui não saio daqu ninguem me tira.

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  5. Fdputismo" UHSAAUHASHU' +1
    Sempre existem alguns professores piores que os outros. Esse ano não tenho nenhum carrasco, mas já tive uma na escola que estudava ano passado. Ela era uma 'cadela chupando manga', e dava aula de ensino religioso - LOL - Mas é sério! Todo mundo tinha medo dela, mas um dia lá que a gente fez uma excursão e a gente acabou conversando, percebi que ela é mó gente boa - fora da sala de aula.
    Adorei o post!
    Bjs

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  6. Eu tinha uma professora louca de hitória, que nos fez grifar metade da apostila, passar os grifados pro caderno, e depois passar tudo à limpo numa folha sulfite — e ilustrar.

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  7. Cacilda, tinha escrito algo super legal e deu erro. T___T

    --

    Amei demais o post, Luna! *-*

    Ano passado eu estudava numa escola super iditota. A gente (eu e alguns)queria que os professores dessem aula e nada. Uma vez eu e uma menina fomos conversar na maior boa com a prof de geografia sobre o método dela e ela foi super grossa, dizendo que os alunos que tinham de se adaptar etc.
    Agora estou numa bem melhor, uhuul. E nessa agora os professores tem altos argumentos em manga (todos esses que você usou para defendê-los) e ninguém reclama.

    Enfim, se você estuda em uma escola como a minha antiga, o melhor é se dedicar PRA CACETE nos estudos. Se você não tiver a opção de mudar de instituição, claro. De qualquer forma, estude sempre, se as dicas da Luninha nome-em-espanhol-membro-da-minha-panelinha. Tu vai longe. :*

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