quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Sobre a vida e embriões

Olá leitoras divas da Desh *-*

Bem, na semana passada os testes com células-tronco embrionárias em humanos foi liberado. O que é um grande avanço da ciência rumo a todos os ‘milagres’ que o uso de células tronco embrionárias pode causar, tendo em vista que elas são capazes de se transformar em qualquer tecido que compões o nosso organismo. Mas como todos sabem, o uso de células embrionárias implica em milhares de discussões éticas a respeito se a manipulação de células-tronco embrionárias seria ou não um atentado a vida. E é justamente sobre isso que eu quero falar no poste de hoje.
Bebê

Bem, para saber se manipular embriões é um crime contra a vida é necessário ter uma idéia do que é vida, o que leva a indagação polêmica de quando ela começa: o que não é uma resposta fácil, já que existem milhares de teorias, dentre as quais se destaca a teoria de que a vida começa na fecundação, quando se forma o zigoto, e assim sendo um novo ser humano, igual a todos os outros, logo manipular embriões em busca das células tronco seria um crime contra a vida, já que estas são retiradas em um processo que destrói o embrião; há a visão embriológica, que defende que a vida começa na terceira semana de gestação, que é quando o embrião já não pode se dividir, formando dois ou mais indivíduos; a visão neurológica, na qual a vida começaria por volta da oitava semana de gestação, onde já há a formação do sistema nervoso, sendo o feto capaz de sentir dor, para essas duas últimas visões (o que tem como contra, o caso de bebês com anicefalia – que nascem sem cérebro), o uso de células-tronco embrionárias não seria um crime contra a vida humana, tendo em vista que o recolhimento das células embrionárias são feitas entre o 3° e 4° dia após a fecundação.
Mórula
Mas eu particularmente acredito que as discussões a respeito de quando começam a vida, chegam a ser sem importância (até porque, se partirmos para uma dedução mais lógica, a vida não teria um começo, já que os óvulos e espermatozóides não estão mortos antes de se juntarem) e foge ao que deveria ser a indagação principal ‘Quando se começa um nível relevante de vida?’. O zigoto não é um bebê, é apenas um ser unicelular como milhares de protozoários existentes no mundo. Não estou querendo dizer que não é como se ele não pudesse se tornar um bebê, pois este é um ser humano em potencial, embora não seja um ainda. Assim sendo, uma mórula (que é quando o zigoto de divide entre 16 e 32 células, e é a fase em que as células-troncos podem ser extraídas) ainda não é um ser humano como eu, você, ou aquele bebê de sete meses da vizinha da esquina, é apenas uma possibilidade de se tornar um ser humano como nós.
Independente dessa discussão, não podemos falar disso sem pensar nas milhares de pessoas que seriam beneficiadas se estas pesquisas obtiverem sucesso. As células tronco prometem fazer uma verdadeira revolução no tratamento de doenças, e ajudar muitas pessoas que sofrem com elas. Seria a ‘vida’ de um ser com 16 a 32 células mais relevantes que a vida de um ser humano com milhares de células que anseia pela cura de uma enfermidade? É um caso a ser pensado por todos.


Alguém que pode ser ajudado
PS; Semana que vem eu planejo estender essa discussão a questão do aborto, não o fiz essa semana porque são temáticas parecidas, mas com nuances muito diferentes, e como eu planejo abordar de uma forma diferente, ficaria sem sentido.

7 comentários:

  1. Sou a favor da coleta de células tronco quando a pessoa autoriza isso. Não é como uma mulher estar grávida e tirarem seu bebê só para isso.
    Além disso, posso estar enganada, mas há a presença de células tronco no cordão umbilical também. Sou a favor da coleta destas após o parto.
    É uma questão delicadérrima, mas é empolgante ver o quanto a tecnologia de análise e pesquisas sobre o ser humano possibilita tratamentos e curas impensáveis! *-*

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  2. bom post, é um assunto difícil mesmo... não tenho opinião -q

    é empolgante ver o quanto a tecnologia de análise e pesquisas sobre o ser humano possibilita tratamentos e curas impensáveis! *-* [2] flw a dra. natu!!!

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  3. Também não tenho opinião. :/

    E, se não me engano, há células tronco nos dentes de leite também.

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  4. é, mas estas células são mais difíceis de serem manipuladas , e as embrionarias, por ainda estarem se dividindo podem se transformar em qualquer célula do do corpo, já a de outros locais tem menos capacidade de se transformar

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  6. Sou a favor do uso de células tronco embrionárias, pode ajudar muita gnte, e como você disse, não é como se ao usa-las estivessemos matando um bebe 'este é um ser humano em potencial, embora não seja um ainda'.

    'a vida não teria um começo, já que os óvulos e espermatozóides não estão mortos antes de se juntarem'
    Pô nunca pensei assim,

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  7. Só é contra o estudo de celulas tronco adulta ou embrionário principalmente quem não tem um membro da família com uma doença degenerativa,possível de ser curada com o uso das celulas tronco...

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